Esse blog ficou um ano no ar e me orgulho muito do trabalho que fiz durante esse tempo.
Mas infelizmente estou encerrando as atividades. O motivo é que tenho cada vez menos tempo livre e decidi usa-lo com outros propósitos.
Não que eu tenha abandonado minha paixão musical pelo Malice Mizer, na verdade ainda os considero os melhores no que se propões a fazer.
Agradeço a atenção de todos e muito obrigada por terem vindo aqui me visitar com tanta freqüência durante esse ano que passou.
E para encerrar com chave de ouro, a primeira entrevista do Malice Mizer:
Mas infelizmente estou encerrando as atividades. O motivo é que tenho cada vez menos tempo livre e decidi usa-lo com outros propósitos.
Não que eu tenha abandonado minha paixão musical pelo Malice Mizer, na verdade ainda os considero os melhores no que se propões a fazer.
Agradeço a atenção de todos e muito obrigada por terem vindo aqui me visitar com tanta freqüência durante esse ano que passou.
E para encerrar com chave de ouro, a primeira entrevista do Malice Mizer:
Malice Mizer
foi formado pelo Mana e Közi da banda Matenrou em setembro de 1992. Os membros
são Tetsu (vocal), Mana (guitarra), Közi (guitarra) e Yu~ki (baixo) (seu
baterista anunciou sua saída no show do dia 13.05 no Yoyogi Chocolate City). Recentemente
contribuiram com uma música para a coletânea "BRAIN TRASH". Eu
pessoalmente não ouvi suas músicas, mas quando falei com eles e ouvi suas
intenções com a banda Malice Mizer, eu senti que alguma coisa incrível pode vir
deles. Dêem uma olhada nesses garotos.
Malice Mizer
O palco parece uma cena de filme...
O palco parece uma cena de filme...
-- Vocês
tem definido o som do Malice Mizer desde o inicio da banda?
MANA: Eu
realmente amo musica clássica e européia. Com esta banda, se puder unir duas
guitarras que misturem juntas melodias de loucura e da beleza, com elementos
europeus, um imaginário envolvido em nevoa (que é nossa expressão de beleza),
combinado com a velocidade do rock e adicionando uma linha vocal fácil de
ouvir... foi nisso que eu esta mirando nossa música para encontrarmos a beleza
e a loucura escondida nela.
-- Embora
só tenha se passado meio ano desde que a banda começou, dá para sentir que o
som de vocês já está bem estável.
MANA:
Eventualmente, muito além da performance, eu quero fazer o som do Malice Mizer
único e novo, não uma coisa que pode ser chamada disso ou daquilo. Atualmente,
em termos de atmosfera, nós estamos no meio da criação, e no palco nós ainda
estamos descobrindo nossa identidade através de tentativa e erro.
KÖZI: Nós
estamos crescendo.
TETSU: E
podemos dizer que estamos começando a mostrar nossos dentes. (risos)
-- Você
mencionou sua expressão de beleza como européia; poderíamos dizer que vocês
estão usando sua melodia como a base para a criação da estética do seu mundo?
TETSU:
Sim. Nós definitivamente não somos uma banda pop, e eu quero fazer letras com
significado.
MANA: Na
parte instrumental também, se você prestar atenção, nós colocamos vários
pensamentos entro da harmonia entre o baixo e as guitarras. Só nas harmonias
nós já colocamos uma montanha de idéias, e toda vez que compomos uma canção é
difícil decidir onde nossas linhas melhor se encaixam e onde elas poderão
acentuar a dinâmica da canção.
--
Algumas partes dão definitivamente desafiantes ser interpretada por duas
guitarras.
MANA:
Apenas não quero que se pareça com heavy metal, onde um conduz e o outro faz a
segunda guitarra, e quando entra o coro as duas guitarras harmonizam juntas.
Mais do que isso, eu estou falando de um som onde do inicio ao fim ambas as
guitarras exibem suas diferentes cores. Esta é a parte mais difícil. De
qualquer forma não quero fazer melodias e harmonias como as bandas normais.
-- Leva
muito tempo para compor uma música?
MANA:
Leva algum tempo. Pode levar de meio a um ano.
-- Isso
significa que as canções que vocês tocam não estão completas.
MANA: De
certa forma estão completas, mas eles ainda podem ser alteradas. Sim, neste
momento nós estamos começando a nos aproximar do que imaginávamos, mas ainda
não é o bastante.
KÖZI: O
que nós não temos ainda é muita de prática no palco, então é o que nós queremos
agora, experiências ao vivo.
-- Vocês
só estão juntos há meio ano, então é natural que tenham a atitude de querer
crescer como banda.
KÖZI:
Isto é porque cada vez que nos apresentamos fazemos uma seria de experimentos.
Cada vez que nos apresentamos nós fazemos um show cheio de novas idéias que
surgem.
TETSU:
Mesmo se você ouvir nossa musica em um karaokê nós queremos que sinta que é real, então nós temos muito
trabalho para decidir onde os vocais devem se encaixar.
-- Para
ser ilustrativo, quais são os planos para o Malice Mizer este ano?
MANA: Nós estamos focando nas performances
individuais, se nós não pudermos fazer isso, não poderemos elaborar nossa
apresentação para palco. Nós realmente queremos enfatizar que o que a audiência
vê. Em outras palavras, nós não queremos apenas subir no palco, tocar, e então
descer. Até nosso visual é parte integral disso, nós realmente queremos um
palco mágico que possamos focar e fascinar a todos.
KÖZI: Um palco que reflita a cena de um filme.
MANA: Sim, não queremos apenas a performance,
queremos evocar a cena imaginária de um filme, e fazer de nosso show um belo
filme. Não queremos tocar nosso set rapidamente e sair; queremos fascinar
pessoas em nosso show com a atmosfera de uma cena e os aspectos da performance
de uma opera. Atualmente, até agora em nossos shows nós só fomos capazes de
mostrar um pouco dessa ambição.
KÖZI: Até agora isso é alguma coisa que nós só
desejamos.
MANA: Isso é verdade. Até agora nós não sabemos
como realizaremos nossas idéias, então é alguma coisa que aspiramos para este
ano.
-- De certa forma vocês estão dizendo que o
Malice Mizer não está buscando apenas um som, mas algo mais abrangente, uma
imagem total.
MANA: Isso mesmo. Queremos combinar visual e
musica e evocar algo cinematográfico numa única atmosfera.
YU~KI: Todas as nossas músicas têm um tema e uma
história nelas.
TETSU: O semblante das histórias é forte.
-- Então vocês procuram ter um conceito em cada
canção?
KÖZI: Sim, mas não temos isso muito claro ainda.
-- Todas as letras tem uma história?
TETSU: Eu quero que haja um elo com a temática.
Quero que as pessoas que escutem minhas letras fiquem com elas na cabeça
depois. Eu não quero usar palavras e frases que sejam muito francas e
simplistas... Almejo palavras que tenham significados profundos e transmitam
uma mensagem que as pessoas já entendam da primeira vez que ouvirem. Então, em
vez de dizer que eu tento escrever uma letra com uma história, é melhor dizer
que eu tendo escrever uma letra forte, com significado. Atualmente tenho
escrito mais canções de amor.
-- As musicas devem ser bem estruturadas.
MANA: Sim. Basicamente eu penso na história, e
então a canção começa a ser estruturada, pinto um cenário dentro da minha cabeça
e escolho a musica que se ajusta a ele. Além disso, isto exige um pouco de
energia para escolher cada som que combina com o cenário. Isso consome muito
tempo.
KÖZI: Nós estamos conscientes que temos que usar
sons que sejam diferentes dos das outras bandas.
MANA: Nós não queremos fazer o som igual ao das
outras bandas. Nós pensamos na progressão de acordes das canções e tentamos
colocar dentro um pouco de mistério e atração. É muito difícil reproduzir o som
ao vivo, e temos que simultaneamente balancear isso com nossa encenação, você
sabe. Essa sintonia é tremendamente desafiadora. Nós só conseguiremos isso
fazendo mais shows.
-- Tem se falado muito sobre o Malice Mizer
ultimamente. Como membros, como vocês lidam com isso?
TETSU: Eu acho que é muito cedo para falar isso.
Nós só estamos juntos há meio ano e
estamos confiantes, mas para falar a verdade, ainda não estamos
completamente solidificados como banda ainda. É muito prematuro ainda comparar
o julgamento e as fofocas das pessoas com o que você sente sobre a qualidade da
sua música. Por outro lado, estamos tentando nos expor agora.
-- Como era de se esperar, há muito pressão e expectativas sobre vocês de todo mundo.
KÖZI: É mesmo. É como “nós não podemos atrapalhar!”
e para ser honesto nós não estamos totalmente seguros com nossa performance
ainda.
MANA: É como se tivéssemos ido em frente na
nossa teatralidade e musica, e agora nós devemos focar na técnica para tocar.
-- Mas vocês têm autoconfiança como banda.
Közi: Sem confiança nós não podemos nos apresentar como uma
banda.
Mana: Eu tenho fé na nossa música.
-- A visão de vocês de banda é muito ampla. Tudo que resta é
dar forma a isso.
KÖZI: Nós sentimos que este ano é tudo ou nada. Neste
momento só há o Malice Mizer para nós. Eu quero que as pessoas leiam essa revista e saibam mais
sobre a banda, que elas venham em nossos shows, e que possam ser movidas pela nossa musica.
TETSU: Eu apenas quero dizer que o que nós falamos é
prematuro. Na verdade nós ainda estamos experimentando com nosso som e estilo, e
seria muito lamentável se alguém nos disser agora que baseou suas opinião num
Malice Mizer ainda “incompleto”. Como banda nós estamos realmente tentando
mostrar nossas cores, então eu quero que as pessoas não façam seus julgamentos
agora, mas que nos acompanhem daqui em diante.
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Acho que por enquanto era isso. Abraços a todos e novamente obrigada por este um ano que passamos juntos.
Boa noite!